Japão perde quase 1 milhão de pessoas em um ano, o maior declínio populacional em mais de 50 anos

  • 09/08/2025
(Foto: Reprodução)
Japão relembra os 80 anos do ataque à Hiroshima No ano passado, um excedente de quase um milhão de mortes em relação ao número de nascimentos fez o Japão ter o maior declínio populacional desde o início da série histórica, que se iniciou em 1968. O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, descreveu a crise demográfica de seu país, com o envelhecimento da população e as baixas taxas de natalidade, como uma "emergência silenciosa". Ele também prometeu políticas favoráveis às famílias, como creches gratuitas e horários de trabalho mais flexíveis. No entanto, os esforços para reverter o declínio nas taxas de natalidade entre as mulheres japonesas tiveram pouco impacto até o momento. O Japão teve 686.061 nascimentos, o menor número desde o início da série histórica em 1899, enquanto foram registradas cerca de 1,6 milhão de mortes. Isso significa que, para cada bebê nascido, mais de duas pessoas morreram. Essa diferença marca o décimo sexto ano consecutivo de declínio populacional, o que gera pressões sobre os sistemas de previdência e de saúde do país. A taxa de fertilidade no Japão é baixa desde a década de 1970. Getty Images via BBC Imigração O número de residentes estrangeiros no Japão atingiu o recorde de 3,6 milhões em 1º de janeiro de 2025. Hoje, imigrantes representam quase 3% da população do país. O governo acolheu a mão de obra estrangeira de forma tímida, ao lançar um visto para nômades digitais e iniciativas de treinamento e capacitação, mas a imigração continua a ser um tema controverso neste país amplamente conservador. O número total de habitantes do Japão está atualmente em 124,3 milhões. Pessoas com mais de 65 anos agora representam quase 30% da população, a segunda maior proporção do mundo depois de Mônaco, de acordo com o Banco Mundial. A população em idade ativa, definida como aqueles com idade entre 15 e 64 anos, diminuiu para aproximadamente 60% do total de indivíduos. No Japão, para cada bebê nascido, mais de duas pessoas morreram. Nurphoto via Getty Images Um número crescente de cidades e vilarejos está se esvaziando, com quase quatro milhões de casas abandonadas nas últimas duas décadas, de acordo com dados do governo divulgados no ano passado. O governo tenta há anos aumentar as taxas de natalidade com incentivos que vão desde subsídios para moradia até licença parental remunerada. No entanto, barreiras culturais e econômicas profundamente enraizadas persistem e atrapalham essas iniciativas. O alto custo de vida, os salários estagnados e uma cultura de trabalho rígida desencorajam muitos jovens a constituir família. As mulheres, em particular, enfrentam questões de gênero arraigadas, que muitas vezes as deixam com apoio limitado no papel de cuidadoras. A taxa de fertilidade do Japão — o número médio de filhos nascidos de uma mulher ao longo da vida— é considerada baixa desde a década de 1970.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/09/japao-perde-quase-1-milhao-de-pessoas-em-um-ano-o-maior-declinio-populacional-em-mais-de-50-anos.ghtml


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